quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Parceria que deu certo 1

Fala, pessoal! Tudo bom com vocês? Preparados para a postagem de hoje?

Bem, para quem não sabe (aqueles que estão chegando agora), eu sou estudante de psicologia. É um curso super legal, mas que exige muita leitura, reflexões e produções textuais. Eis o maior motivo de muitas vezes eu reclamar sobre falta de tempo. XD Mesmo que todos digam, "Ah Nathália, mas você super poderia fazer desenhos correlacionando as duas coisas."...é, até poderia! Mas isso é algo que soa muito fácil na teoria. Na prática, seria muito trabalhoso produzir algo psicologia/desenho e ainda fazer coisas para o desenho/mercado... mas isso são discussões para outro dia.



Bom, mas voltando ao que estava falando no começo...

No final do semestre passado (2014.1), um grande amigo veio me propor um trabalho. Ele é monitor da disciplina de psicanálise e estava pensando numa forma de explicar alguns dos conceitos de Freud estudados em sala de aula. A ideia era fazer cinco histórias em quadrinhos, de uma página cada, contando situações do cotidiano que exemplificassem os temas para que os alunos tivessem uma melhor compreensão do conteúdo.

Como psicanalise não é a minha abordagem predileta, pedi para que meu amigo escrevesse um texto explicativo, para que mesmo aqueles que não sabem nada, pudessem ler o quadrinho e entender sobre do que se tratava.


Texto do Ítalo (meu parceiro):

MORTE DO SUJEITO

“Afinal, nos últimos cinquenta anos, muitos de nós têm misturado a dinamite da medicina com a faísca da psicanálise, prescrevendo ambas, indiscriminadamente, às pessoas que buscam alívio para dor psíquica – privilegiando cada vez mais, sem dúvida, os recursos médico-farmacêuticos. 

E nos últimos dez anos, mais ainda, a exorbitância desse engano adquiriu dimensões proporcionais à hipertrofia das drugstores, dos hospitais gerais e da força dos seguros-saúde. Isso se percebe tanto pela confiança absoluta e simplória nos psicofármacos de última geração quanto pela desconfiança tola e sistemática nesses mesmos produtos do engenho farmacêutico. Psiquiatras e psicanalistas ainda costumam se dividir entre essas duas trincheiras ideológicas opostas e igualmente nefastas aos pacientes de ambos. 

Tais guerrilhas suicidas se tornam ainda mais tristemente irônicas quando sabemos que a imensa maioria das receitas de psicofármacos (em especial de antidepressivos e de tranquilizantes ) não são assinadas por médicos psiquiatras, mas de outras especialidades: clínicos gerais, ginecologistas, cardiologistas, neurologistas e outros. Como psiquiatra, jamais me aventuraria em realizar uma cirurgia de ponte de safena e nem em reduzir uma fratura – mesmo que o paciente insistisse muito comigo nesse sentido....”

MAGALHÃES, Maria Cristina Rios. Psicofarmacologia e Psicanálise. 1 ed. São Paulo: Escuta, 2001.

Pois é isso, pessoal. O post tá grande, mas era porque eu precisava explicar do que se tratava o projeto. Prometo que os próximos serão menores. Todas as páginas que eu postar sobre as Histórias Sensacionais do Ítalo terão um texto explicativo.

Espero que tenham gostado.

Um super beijo e até a próxima! =D

2 comentários:

  1. Ta lindo amo! =D
    To gostando de ver a freqüência de atualizações!

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    Respostas
    1. Estou me esforçando ao máximo com relação a frequência e qualidade dos posts...e acho que ta dando certo porque eu tenho recebido um bom retorno.
      Obrigada Saylo! =D

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